O caso de um diarista que é um verdadeiro exemplo para muitos empresários
Se procurarmos no dicionário o significado para a palavra sucesso, vamos encontrar “S. M.: êxito, resultado feliz”, e se perguntarmos a muitas pessoas o que é o sucesso, vamos ouvir: “É riqueza, fama, poder”. Se é assim, então porque tantas pessoas ricas, famosas e poderosas são o centro de notícias infelizes? Talvez porque esses 3 itens sejam importantes para muitas pessoas, mas sozinhos não podem representar o que chamamos de sucesso.
“O prazer da realização, o desejo de querer melhorar e a vontade de servir ao próximo é tão (ou mais) importante para saborearmos o sucesso do que riqueza, fama e poder”, é o que afirma Flávio Del Puente, profissional de marketing. Uma das grandes provas disso é Márcio Azambuja, diarista. Conheça um pouco da sua história.
Ele não mora numa casa simples, não anda de ônibus e nem tem as mãos ásperas de quem mexe com produtos de limpeza. Ainda assim, o seu cartão de visitas estampa com orgulho sua profissão: diarista.
Carioca da gema, nascido e criado a poucos metros do Copacabana Palace, Márcio se preparou a vida toda para ser um bon-vivant. Frequentou boas escolas, fez bons amigos e treinou – sem dificuldades – a arte da convivência com hábitos e artigos de luxo. Disposto a aproveitar o melhor da vida, nunca quis se amarrar a empresas, horários e burocracia. Conseguiu.
Descobriu sua bem-sucedida profissão de diarista quase que por um acaso: “eu estava no apartamento de um amigo meu e nós íamos a uma festa, mas não resisti ao impulso de começar a arrumar toda a aquela bagunça própria de um homem recém-separado. Comecei a arrumar a cozinha, a fazer um levantamento da despensa e do que precisava comprar. É muito mais reconfortante morar em um lugar organizado.”
O resultado foi tão bom que o amigo o contratou para cuidar da casa toda. Daí foi um pulo para que clientes ilustres também o contratassem: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Cacá Diegues e Lucinha Araújo, a mãe de Cazuza.
No seu currículo já constam casamentos luxuosos, festas de milionários e a arrumação geral de mudança para Nova York. “Sempre vou colocar a decoração no lugar, levo flores, garanto que o champanhe vai estar gelado e as almofadas afofadas.” Apesar de não ter um curso de decoração, Márcio gaba-se de trabalhar em parceria com arquitetos renomados como Cláudio Bernardes e Márcia Müller, que o chamam para dar o toque final em novos projetos.
Com olho clínico para layouts desde o tempo que trabalhou em agências de publicidade, o arrumador profissional se desdobra para aproveitar cada pertence do cliente, apesar de achar que as pessoas sempre compram mais do que precisam. “Se uma peça ou livro está a vista é porque tem um significado para a pessoa. Não sou eu que vai tirá-lo dali e deixar a peça vazia, sem história. Meu trabalho é organizar as informações visuais para que tudo seja valorizado e manter o estilo do cliente”, diz ele, que não entende casas sem objetos pessoais ou completamente decoradas por terceiros. “Uma casa humanizada tem muito mais emoção. É mais bonita e aconchegante” – conta Márcio, que cobra R$ 1.000,00 por dia de trabalho.
“Não trabalho só pelo dinheiro. Gosto do que faço. Meu maior prazer é a alegria de cada um dos clientes. Como amo meu trabalho, me realizo a cada dia… E me considero uma pessoa feliz!” Alguém duvida?
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